terça-feira, 14 de maio de 2013

Somos diferentes. Por aqui os pensamentos correm na velocidade da luz e ao contrário da luz não clareiam, escurecem e nublam o raciocínio  O que era simples e despretensioso se emaranha perdido no breu e perde o rumo. Normalmente, o verbo seria saída. A fala é escape do novelo. Como lã, eu vomitaria todo o breu. Teceria lindos mantos com a tranquilidade de minha mente. Mas é só escuridão e silêncio. E então em poucos segundos com o estopim de uma expressão, uma palavra mal dita, uma interpretação que me depende, sou lágrima. Sou dor, sou alivio. Se não em lã, me desanuvio em água. Do não conjugado, eu chovo. Só então, me ilumino e posso sorrir. Com olhos inchados e coração leve eu sorrio novamente. Até que o céu volte a nublar e os pensamentos não encontrem a fala.

quinta-feira, 14 de março de 2013

e onde sou só desejo, queres não


Antes era olá e bom dia, de praxe, simpatia de qualquer um para outro qualquer
Qualquer
Hoje é como foi seu dia de querer bem e descobrir atitudes e rotinas
Ontem foi dia de distância e corpos separados pelo medo do significado da aproximação
Hoje é tranquilidade e calor de pele que esquenta
O coração
No inicio é insegurança do passo adiante do precipitar-se demonstrar-se descobrir-se
O presente é a tranquilidade de cruzar caminhos e seguir junto é o temer transformado em poesia é poesia que se pensa e se diz é dizeres que alimentam o carinho é carinho de toques é o toque reconhecido
E o que era desejo, se torna amor.